quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ERA DIGITAL NA EDUCAÇÃO


O mundo globalizado exigirá do indivíduo várias condições para os novos conhecimentos. Portanto ressalto o conhecimento da informática indispensável, pois nesta atual revolução tecnológica que estamos vivendo, as pessoas são os elementos mais valorizados, basta transformar todas as informações em conhecimento.

É indispensável encorajar desde cedo uma atitude equilibrada e crítica em relação ao computador. Ele não deve ser visto como algo assustador ou complexo demais. Da mesma forma a informática educativa não deve ser encarada como solução para os problemas de ensino, mas sim como um meio que estimule e desenvolva as funções intelectuais dos alunos; sem limitar o treinamento dos professores ao uso de mais uma tecnologia, tornando-os meros repetidores de experiências que nada acrescentam de significativo à educação. O fundamental é que os professores apropriem criticamente as tecnologias descobrindo as possibilidades de utilização que elas colocam à disposição da aprendizagem do aluno, favorecendo dessa forma o repensar do próprio ato de ensinar. Assim, no processo ensino-aprendizagem o aluno não é mais um repositório de informações, muitas vezes difíceis de serem alcançadas em tempos passados, e sim um independente na busca de informações e da sua construção dos conhecimentos impostos pelas mudanças rápidas no mundo. Ainda que, o papel do professor deve ser não o de ensinar, mas o de ensinar, mas o de facilitar a aprendizagem, liberando a curiosidade do aluno, é que analiso a introdução do computador na escola de maneira que ela seja mais uma ferramenta, um recurso, ou seja, um mediador cultural na perspectiva em que a aprendizagem se dá na relação entre sujeito e o conteúdo a ser aprendido através de uma ponte entre os quais está o computador que pode facilitar ou dificultar tal processo.

A escola não poderá lidar apenas com informações prontas, acabadas, mas deverá preocupar-se mais com a capacidade do aluno aprender. O importante não é mais a quantidade de conhecimentos, mas o que esses conhecimentos possibilitam como degraus para as novas aprendizagens futuras. Assimilar o novo esteja ele relacionado às modificações da trajetória da vida pessoal ou profissional das pessoas exige mais do que um simples domínio de técnicas, é preciso construir e reconstruir padrões de comportamento através da compreensão do real sentido e importância na introdução de equipamentos no contexto escolar. Para obter êxito nesse processo é necessário que cada profissional envolvido tenha visão clara do sentido que as mudanças resultantes da adoção de tais novidades tecnológicas, cuja característica fundamental é proporcionar a construção de novas formas de ensinar-aprender. Não esquecendo em momento algum que qualquer programa com uma metodologia adequada pode ser um software educacional, é uma questão de criatividade e planejamento.

DO GIZ À ERA DIGITAL

Livro de Maria Lucia Santos, lançado pela Editora Zouk

SOBRE A OBRA: A obra analisa a transformação que acontece na área de Educação. A autora parte do pressuposto de que a Era Digital chegou para atender às exigências de um mundo globalizado. Deste modo, é necessária uma avaliação da trajetória que o educador disposto a se atualizar com essas novas tecnologias será obrigado a trilhar.

O primeiro capítulo traz uma retrospectiva histórica do surgimento da escola, para fazer um contraste com o panorama atual do mundo da tecnologia. Já no segundo e no terceiro capítulo, a autora trata das inovações tecnológicas na educação e discute o que é ser um professor na era digital. O quarto capítulo é reservado ao programa ProInfo (Programa Nacional de Informática na Educação), do Ministério da Educação brasileiro, e tem como objetivo a reflexão da finalidade desse projeto para as escolas. Na conclusão da obra há uma retrospectiva do processo completo da pesquisa da autora.

A obra visa repensar o desenvolvimento do educador e das escolas, devido às constantes inovações tecnológicas. Segundo o livro, os educadores e as escolas são agentes fundamentais para a formação de novas gerações para o futuro.

De acordo com a autora:
"Estamos num momento especial na história da Educação, num ínterim entre o giz e o computador. Essa transição gera expectativas, impõe novas posturas para se organizar e gerenciar uma escola, uma sala de aula, pessoas. É importante re-situar as funções do professor, de seu trabalho no tempo, aproveitando suas experiências, frutos de uma história, e que indicam a necessidade de se adotar novas posturas para que as mudanças sejam emergentes do mundo sejam acompanhadas. A adoção de novas posturas pertence a todos que estão comprometidos com a ação educativa".

Maria Lúcia Santos é pedagoga e psicopedagoga, mestre em Educação, consultora e palestrante na área educacional e do desenvolvimento pessoal e profissional